Acordares – A palavra veio do verbo acordar, que por sua vez originou-se do Latim “accordare”, despertar. O termo é usado para indicar que uma pessoa acorda por alguns segundos, na maioria das vezes sem perceber. Um exemplo é a apneia obstrutiva durante o sono. Neste caso a pessoa pára de respirar por pelo menos dez segundos e, como há redução da oxigenação sanguínea, o cérebro reage com um sinal de alerta, fazendo com que ela acorde. Pode ocorrer repetidas vezes durante a noite. Os acordares podem ser observados em laboratório, através de dados fisiológicos, como o eletro-oculograma (os olhos apresentam movimento), eletroencefalograma, as ondas cerebrais apresentam frequência mais elevada (ondas alfa) e através da medição do tônus das artérias periféricas - o efeito simpático ocasiona constrição arterial e este pode ser a única evidência do acordar, o denominado acordar subcortical.

Amígdalas e adenóide - As amígdalas e a adenóide fazem parte de uma estrutura chamada anel linfático de Waldeyer e por estar na entrada do trato respiratório superior é alvo de um grande número de infecções. As amígdalas estão localizadas na orofaringe e a adenóide atrás das fossas nasais. São formadas por aglomerados de células que têm a função de produzir anticorpos (tecido linfóide), que são proteínas envolvidas na defesa do organismo contra as mais diversas infecções. Esta função é mais importante na infância e puberdade, época em que começam a diminuir de tamanho. 

As amígdalas e a adenóide podem ser acometidas por problemas infecciosos e obstrutivos. Os primeiros podem vir ser acompanhados de febre, dor de garganta, mal estar e perda de apetite. No caso dos obstrutivos, os sintomas nem sempre são percebidos e decorrem do crescimento exagerado das amígdalas e da adenóide. Isto provoca na pessoa dificuldade de respirar pelo nariz, para se alimentar, roncos durante o sono, constante respiração pela boca, aumento da secreção nasal, tosse e diminuição da audição. 

Os processos infecciosos das amígdalas são tratados com medicação adequada para cada caso e quando se repetem seguidamente (amigdalite recorrente), ou quando levam a alguma complicação deve ser realizada a cirurgia para sua retirada. Os processos obstrutivos necessitam de cirurgia mais freqüentemente, quando também é retirada a adenóide, caso esta esteja exageradamente aumentada.

É importante consultar o médico sempre que houver a suspeita de infecção de garganta para evitar complicações mais graves, como a febre reumática ( que pode causar graves problemas cardíacos ) e doenças renais. Além disso, as crianças que respiram pela boca durante muitos anos, podem ter alterações irreversíveis no crescimento da face, levando a alterações da arcada dentária e da fala, necessitando de acompanhamento ortodôntico e de um fonoaudiólogo. 

A adenóide protege as vias respiratórias altas, avisando o organismo sobre as bactérias e vírus que são transportados com a respiração. O aumento exagerado da adenóide é típico da fase infantil, pois ela cresce até aos seis anos. Este crescimento pode decorrer de infecções das vias aéreas (rinites, sinusites, alergias) ou transmitida geneticamente. Tem como conseqüência a obstrução nasal, os roncos, a apnéia noturna e respiração bucal, que contribui para a deformidade da arcada dentária superior. 

Apnéia - A palavra vem do grego”ápnoia” e significa vontade de respirar. É um distúrbio caracterizado por breves paradas respiratórias - superior a 10 segundos - durante o sono, que são ocasionadas pela obstrução do palato e/ou da língua. 

Asma - É uma doença pulmonar caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas, que causa seu estreitamento e em consequência dificuldade respiratória. Esta obstrução à passagem de ar provoca no doente dificuldade para dormir e pode ser revertida espontaneamente ou com uso de medicamentos. 

As vias aéreas são compostas por tubos que dão passagem ao ar. Começam no nariz, continuam na nasofaringe, laringe e, no pescoço, tornam-se um tubo largo e único, a traquéia. No tórax, a traquéia divide-se em dois tubos (brônquios), direito e esquerdo, levando o ar para os respectivos pulmões. Dentro dos pulmões, os brônquios se ramificando e tornam-se cada vez menores, espalhando o ar. 

A pessoa asmática apresenta alterações nas vias aéreas ao ter contato com o estímulo desencadeador das crises, como mudanças climáticas, poeira doméstica, mofo, pólen, cheiros fortes, pêlos de animais, gripes, cigarro, ingestão de alguns alimentos ou medicamentos. A mucosa brônquica ( revestimento interno das vias aéreas), inflama-se devido à hiper-reatividade brônquica (sensibilidade aumentada dos brônquios). Ao instalar-se a crise de asma no paciente, a hiper-reatividade brônquica aumenta, provocando o estreitamento das vias aéreas, levando à tosse, ao chiado no peito e à falta de ar. 

Os mecanismos que causam a doença são complexos, mas cerca de um terço dos asmáticos possui um histórico familiar com pais, avós e irmãos com asma ou com outra doença alérgica. Alguns vírus e bactérias causadoras de infecções respiratórias podem contribuir em alguns casos de asma, que se iniciam na vida adulta. Geralmente, a doença tem início na infância e poderá ou não durar por toda a vida. 

Actígrafo – É um pequeno dispositivo eletrônico, que é colocado no pulso do paciente para monitoramento contínuo de atividade. O aparelho grava os níveis de atividades do organismo como calorias consumidas, movimento dos membros e níveis de sono, entre outras. São muito utilizados para o estudo de transtornos do sono.