De acordo com levantamentos da Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos, os transtornos do sono são responsáveis por grande parte dos acidentes de trânsito nas estradas. A insônia aumenta em 250% o risco de acidentes e as apnéias e narcolepsias elevam esse risco para 700%.
A premissa de que sono não combina com volante vale tanto para os Estados Unidos quanto para o Brasil. A Clinica do Sono mostrou como isto acontece em Minas Gerais, em uma pesquisa realizada entre os anos de 1997 e 1998, em que foram entrevistados 639 motoristas de carros de passeio.
O objetivo da pesquisa foi o de conhecer o grau de incidência de sonolência em motoristas não-profissionais no Estado. Os resultados constataram que:
1 - 55% dos motoristas entrevistados disseram que nunca se envolveram em acidentes de trânsito
2 - 38% já haviam se envolvido, mas alegaram não ter dormido ao volante
3 - 7% admitiram ter dormido ao volante, provocando acidentes.
A análise dos dados, de acordo com o médico e diretor da Clínica do Sono, Dirceu Valladares, mostra que os grupos de acidentados apresentavam, estatisticamente, os mesmos níveis de sonolência, estando ou não conscientes disso. Segundo Dirceu Valladares a ansiedade e a irritação, entre outros fatores, dificultam a percepção da sonolência.