Dicionário


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Sonambulismo - (latim somnus sono + ambulare = passear) Como diz a formação da palavra, o sonambulismo é um distúrbio, em que a pessoa pode caminhar, sentar-se, sair do quarto, usar o banheiro, falar durante o sono. Ocorre geralmente durante a infância. Deve-se cuidar para que não ocorra nenhum acidente com o sonâmbulo, adotando medidas de segurança. 

Durante os estágios do sono, as ondas cerebrais diminuem de intensidade até chegar a um relaxamento profundo. A baixa atividade se mantém no hipotálamo, ligado à consciência, e no córtex cerebral, que controla os movimentos do corpo. No sonambulismo, por serem irregulares, as ondas cerebrais não conseguem inibir completamente a área motora, permitindo ao sonâmbulo sentar e andar. Como a região relacionada à consciência, se mantém praticamente inativa, a pessoa sonâmbula não percebe o que faz e nem se recorda de nada no dia seguinte.

Sonhos - Uma coisa é certa: todos nós sonhamos, apesar de nem sempre lembrarmos disso. Os sonhos são experiências vividas de forma involuntária por meio de imagens e fatos durante o período do sono. Em sua maioria, representam as situações vividas no dia anterior e ocorrem de forma mais predominante durante o sono REM - Movimento rápido dos olhos – em 90% dos casos.

Os cientistas ainda não estão certos sobre porque sonhamos ou o que sonhamos, embora afirmem que há  relação  com nossas preocupações e esperanças. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM e também sonham. 

Com a publicação do livro “Interpretação de Sonhos” do psiquiatra e pai da psicanálise Sigmund Freud, em 1900, os sonhos ganharam uma visão científica, bem diferente do caráter premonitório dada pelas religiões e algumas culturas. Em seu livro, Freud define o conteúdo do sonho como “realização dos desejos”, onde há o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado).  

Sonilóquio - é o ato de falar durante o sono. Nem sempre as palavras são compreendidas e é um problema na maioria das vezes temporário e ocorre principalmente nas crianças. O fato é observado principalmente quando a pessoa vive situações estressantes. 

Sonolência – Segundo o dicionário Aurélio, a palavra vem do latim somnolentia e significa sono imperfeito. Ou seja, a sonolência ocorre por não dormirmos o suficiente ou por não ter um sono de qualidade. É quando durante o dia, temos aquela sensação de cansaço, os olhos piscam e vem aquela vontade de dormir.  Isto pode trazer conseqüências graves, como os acidentes de trânsito e de trabalho.

Ronco - Ruído característico produzido durante o sono com origens nas vias aéreas (nariz, epiglote e laringe), devido à obstrução da passagem do ar. Além pertubar o sono do companheiro ou companheira de quarto, pode ser um sinal de alerta para problemas de saúde, como por exemplo, a apnéia obstrutiva do sono. 

Ritmo circadiano - As funções fisiológicas do corpo humano funcionam de forma rítmica com picos e quedas em determinados períodos de tempo. Quando ocorre em um dia é chamado de ritmo circadiano. Quando acontece em segundos, minutos ou horas é denominado ultradiano e acima de 28 horas de ritmos infradiano. Todos os seres vivos da Terra (animais e vegetais) apresentam ritmos biológicos ou circadiano. 

No homem estes ritmos são mantidos por grupos de células localizados no cérebro - os centros do chamado relógio biológico. É um sistema sincronizado por sinais externos ao organismo e existentes no meio ambiente, como a variação entre luz-escuro, o relógio que nos mostra as horas do dia ou da noite e de nossos compromissos. Um bom exemplo de ritmo infradiano é o do ciclo menstrual, que ocorre de 28 a 30 dias. O ritmo ultradiano pode ser exemplificado pela sonolência - sentimos sono no meio do dia e à noite. 

Já a temperatura corporal funciona em ritmo circadiano, já que aumenta durante o dia e atinge o máximo no final da tarde para logo depois do anoitecer, começar a diminuir, chegando ao mínimo de madrugada. Prosseguindo o ciclo, a temperatura volta a elevar-se pela manhã, repetindo todo o processo. O ritmo circadiano varia de pessoa para pessoa em horas diferentes do dia e da noite, tendo períodos de pico e de queda.

Quando ficamos acordados durante um longo período, a homeostase do sono/vigília informa-nos que o corpo precisa do sono e é hora de dormir. Este sistema auxiliá-nos também a nos manter dormindo durante toda noite para compensar as horas em que estaremos despertos, desenvolvendo nossas atividades diárias. É um processo restaurativo que regula nosso sincronismo dos períodos do sono e do estar alertas. 

O ritmo circadiano é controlado por uma parte do cérebro que responde aos sinais claros e escuros. Do nervo ótico do olho, a luz viaja até a essa área específica do cérebro, sinalizando que é hora de acordar. O relógio biológico sinaliza a outras partes do cérebro que as funções do organismo, para viver um novo dia, precisam começar a agir. Assim, a temperatura do corpo se eleva e outros processos, que têm o papel de nos manter acordados, começam a funcionar. É o caso da retina, que ao receber a luz da manhã, passa esta informação à glândula pineal, que pára de produzir  e de enviar a melatonina à corrente sanguínea. Este é um sinal para o organismo despertar, já que a melatonina é responsável pela indução ao sono  e produzida à noite enquanto dormimos.

Quando acontece a quebra do ritmo circadiano, por exemplo, nas viagens em que o fuso horário se modifica, há um conflito nos padrões naturais do sono e o corpo leva um tempo para se adaptar à nova situação. Por isso muitas pessoas sentem mal, quando fazem viagens internacionais, o chamado “jet leg” . Este mal-estar pode também ocorrer na vida diária, quando o ritmo circadiano é interrompido por longas horas sem dormir e pela irregularidade nos horários de sono, por exemplo, no caso dos trabalhadores de turno. 

REM - Rapid Eye Movement ou Movimento Rápido dos Olhos. É um dos dois estágios do sono pelos quais passamos (o outro é o sono NREM). No REM os olhos movem-se rapidamente e a atividade cerebral dos neurônios assemelha-se a de quando se está acordado.  A primeira fase do sono REM ocorre de 70 a 90 minutos após a pessoa dormir e, geralmente, dura de 5 a 15 minutos. Em uma noite a pessoa passa por cerca de quatro ou cinco períodos de REM, sendo o tempo total entre 90 a 120 minutos em um adulto. No começo do sono são mais curtos, alongando-se no final da noite (ciclo do sono).  Nesta fase, o sono é mais leve e ocorrem, geralmente, os sonhos mais “reais”.

Narcolepsia – É um dos mais comuns distúrbios do sono e caracteriza-se por a sonolência e ataques de sono em diferentes situações, monótonas ou não. 

NREM Non Rapid Eye Movement ou Movimento Não Rápido dos Olhos – O sono divide-se em dois estágios fisiologicamente distintos, o REM ( Rapid Eye Movement ou Movimento Rápido dos Olhos) e o NREM. A fase NREM, ocupa 75% do nosso sono e caracteriza-se pela liberação do hormônio do crescimento em grandes quantidades e por promover a recuperação da energia física. Este estágio é composto por quatro fases:

  1.  A primeira, que dura aproximadamente cinco minutos, começa com sonolência e caracteriza-se pela vigília. A pessoa pode ser acordada facilmente e os sonhos têm relação com fatos recentes. 
  2. A segunda fase dura de cinco a quinze minutos e a pessoa já dorme, porém não profundamente. O despertar por estimulação táctil é mais difícil e os sonhos acontecem como uma história integrada. 
  3. A terceira fase é semelhante à quarta, quando para acordar a pessoa é preciso utilizar-se de estímulos mais fortes. Dura de quinze a vinte minutos. 
  4. O quarto período, com duração de quarenta minuto, é de sono profundo, sendo difícil acordar a pessoa. Ao terminar este ciclo, a pessoa volta à terceira fase e, após cinco minutos, passa novamente para o segundo período e entra no sono REM. Ao sair do sono REM volta para o NREM e tudo se repete.

Parassónias – São situações anormais, como por exemplo, sonambulismo, pesadelos, apnéia, que ao interromperem o processo do sono, deixam a pessoa fatigada e sonolenta durante o dia. Estes fenômenos físicos envolvem a atividade muscular esquelética e mudanças do sistema nervoso autônomo.

Polissonografia – É um tipo de exame em que o sono do paciente, durante a noite, é monitorado e acompanhado por profissional capacitado, em uma clínica especializada. O exame é realizado enquanto o paciente dorme e permite para diagnosticar e quantificar  possíveis transtornos do sono.  Estabelecido o grau de severidade do transtorno e determinadas as conseqüências à saúde do paciente, são definidas as formas de tratamento mais adequadas. 

Durante o procedimento, pequenos eletrodos (fios finos) são conectados ao corpo do paciente para monitorar as ondas cerebrais e, assim, o sono, a respiração, a oxigenação do sangue, etc. Os eletrodos ficam ligados a um computador que registra tudo o que acontece enquanto a pessoa dorme. A ligação dos eletrodos ao corpo dura em torno de uma hora e meia e enquanto o sono não vem o paciente pode assistir TV ou ler antes de dormir. Às 6 horas da manhã, aproximadamente, o paciente é acordado para a retirada dos eletrodos. 

Para a obtenção de um resultado correto, uma série de medidas são adotadas, garantindo ao paciente uma noite de sono confortável e semelhante ao dormir em casa. Um técnico, na sala do computador, fica à disposição durante toda noite, acompanhando todas as alterações.

Melatonina - É um hormônio produzido pela glândula pineal. Durante o dia, a pineal  mantém-se inativa. Quando o sol se põe e a noite chega, o cérebro avisa à ela  que é hora de trabalhar, ou seja, produzir melatonina e liberá-la no organismo. Geralmente, isto ocorre ao redor 21 horas. Em conseqüência, os níveis da melatonina no sangue elevam-se e a pessoa começa a sentir mais menos alerta. É um convite ao sono. 

Os níveis de melatonina ficam elevados por toda noite e, pouco antes do amanhecer, começam a cair. Por ser liberada somente no escuro é chamada de o “Drácula dos hormônios”. Além da luz solar, a iluminação artificial pode ser brilhante o bastante para impedir a liberação do hormônio. A quantidade de melatonina em circulação no organismo  está relacionada à idade e varia entre indivíduos. As crianças, em média, produzem mais melatonina do que adultos e, à medida em que crescem,  a produção diminui.

Mal de Alzheimer ou doença de Alzheimer - Doença neuro-degenerativa, popularmente conhecida, como esclerose ou caduquice. Suas principais características são os problemas de memória, perdas de habilidades motoras (vestir, cozinhar, dirigir carro e caminhar), problemas de comportamento e confusão mental. Várias teorias procuram explicar a causa da doença, mas nenhuma está comprovada. Entre elas estão a herança genética, a idade avançada, traumatismo craniano e contaminação por alumínio.

Os primeiros sintomas são pequenos esquecimentos, como dificuldade em lembrar nomes e palavras e problemas para assimilar novas informações. Estes sintomas se agravam à medida  em que a doença evolui. Então, o idoso torna-se confuso, às vezes agressivo, apresenta distúrbios de comportamento e passa a não reconhecer os próprios familiares. Com o correr do tempo, tornam-se dependentes, precisando de ajuda para se  locomover, comer, vestir, ir ao banheiro e fazer a higiene. Em uma fase mais avançada o doente perde a fala, o controle da bexiga e do intestino, passa a ter dificuldade para engolir e deixa de caminhar devido ao enrigecimento das articulações.

Informações extraídas do site da Associação Brasileira de Alzheimer ABRAz. Para mais informações acesse  http://www.alzheimer.med.br

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